Quando levar a criança ao psicólogo?
- Natalia Nascimento
- 14 de abr. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de mai.
Psicologia Infantil: crescer pode ser delicado — e tudo bem precisar de ajuda

Crescer é um momento cheio de descobertas, transformações e também de fragilidades. A infância é uma fase intensa, onde as emoções ainda estão sendo nomeadas, reguladas e compreendidas. É comum que, ao longo desse processo, comecem a aparecer sinais de desconforto emocional ou mudanças comportamentais, que afetam tanto a criança quanto quem cuida dela.
É justamente nesse cenário que a psicologia infantil entra como um recurso valioso. Através de um olhar acolhedor e atento ao que a criança expressa — em palavras, em gestos ou em brincadeiras — o psicólogo ajuda a dar sentido ao que está sendo vivido, promovendo saúde emocional e desenvolvimento integral.
Nem sempre é fácil entender o que se passa com uma criança
Durante o crescimento, é natural que as crianças passem por fases de maior sensibilidade, insegurança, agitação ou insegurança. Algumas dessas fases são passageiras, mas outras podem se tornar persistentes e trazer impactos duradouros na vida da criança e na convivência familiar e escolar.
Para os responsáveis, pode ser difícil perceber se aquele comportamento é parte do desenvolvimento ou se indica algo mais sério. Muitas vezes, surgem dúvidas como:
"Será que é só uma fase?"
"Ela sempre foi tímida, é normal?"
"Isso é coisa da idade ou preciso me preocupar?"
Com o apoio de um psicólogo infantil, é possível compreender o que está acontecendo de forma mais clara e amorosa — sem julgamentos ou rótulos.
Sinais que merecem atenção
Alguns comportamentos podem indicar que a criança está lidando com emoções difíceis ou experiências que não sabe como expressar. Veja alguns exemplos comuns no consultório de psicologia infantil:
Apego excessivo a objetos específicos (como bonecas ou paninhos);
Agressividade ou dificuldade em aceitar regras e limites;
Hiperatividade e impulsividade;
Dificuldades acadêmicas, como lentidão na aprendizagem, leitura ou escrita;
Timidez intensa, isolamento social ou retraimento;
Mudanças bruscas de apetite ou sono;
Choro frequente ou sem motivo aparente;
Retrocessos no desenvolvimento (como voltar a usar fraldas ou chupar o dedo);
Descoberta da sexualidade sem compreensão adequada;
Dificuldade em lidar com separações ou perdas, como o divórcio dos pais.
Esses sinais, por menores que pareçam, são formas da criança comunicar que algo está fora do lugar. E, na dúvida, é melhor olhar com cuidado do que ignorar.
Por que alguns pais hesitam em buscar ajuda?
É comum que os responsáveis tentem resolver sozinhos os comportamentos que observam nas crianças. Muitas vezes, por medo de um diagnóstico, ou por acreditarem que "vai passar", acabam adiando a busca por ajuda profissional.
Mas a psicologia infantil não está aqui para julgar ou rotular. Ela existe para escutar, acolher e fortalecer a criança e sua família. O objetivo do processo terapêutico não é apenas tratar um sintoma, mas compreender o que está por trás dele, promovendo maior bem-estar e autonomia emocional.
Na Gestalt-terapia, a criança é acolhida como um todo
Dentro da abordagem da Gestalt-terapia, entendemos que cada criança tem seu próprio ritmo, sua forma de sentir e de se relacionar com o mundo. O foco da psicoterapia não está em “consertar” um comportamento, mas em ajudar a criança a se perceber, a expressar o que sente e a se desenvolver com mais consciência e espontaneidade.
Através do brincar, da escuta ativa e da relação com o terapeuta, a criança vai encontrando novas formas de se posicionar diante da vida e dos desafios que encontra.
Se você tem percebido mudanças na criança que ama, não precisa esperar que o problema cresça.
Buscar apoio psicológico é um ato de cuidado e responsabilidade.
Você não precisa entender tudo sozinha. Estou aqui para acolher você, sua criança e o que está sendo vivido com respeito, sensibilidade e escuta. 💛
Vamos conversar?
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