Depois eu faço...
- Natalia Nascimento
- 17 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de mai.
Procrastinação e Autossabotagem: o ciclo silencioso que te impede de viver plenamente
Nos últimos tempos, muitos pacientes têm compartilhado uma dificuldade recorrente em seus processos terapêuticos: a procrastinação. A princípio, pode parecer um simples "deixar para depois", mas esse comportamento tem se mostrado uma fonte profunda de angústia, interferindo diretamente na espontaneidade e na realização de metas pessoais.
Quando o medo se disfarça de comodidade
Procrastinar não é apenas adiar uma tarefa. É, muitas vezes, uma forma sutil de autossabotagem, alimentada por crenças internas como:
“E se eu não conseguir?”
“Eu não mereço ser feliz.”
É como se houvesse um receio de se aproximar daquilo que realmente desejamos. Ao mesmo tempo, vivemos em uma sociedade que nos empurra para o ideal constante — sempre falta algo a ser feito, corrigido, melhorado. Nesse cenário, a procrastinação se torna um alívio temporário frente a pressões internas e externas, mas cobra um preço emocional alto.
A zona de conforto nem sempre é confortável
Ao longo do tempo, escutei relatos de quem rejeitou boas oportunidades por medo. Pessoas que deixaram de conhecer alguém interessante, ou de iniciar um novo projeto, apenas para se manterem em uma zona de conforto que, na prática, é fonte de sofrimento.
É importante lembrar: nem tudo o que é conhecido é confortável de fato. Às vezes, estamos tão acostumadas com o sofrimento que tememos aquilo que pode dar certo.
Procrastinação: o que realmente estamos evitando?
Procrastinar é adiar o que sabemos que precisa ser feito. Pode ser algo aparentemente banal — como limpar a casa ou pagar uma conta — ou pode ser algo que poderia transformar sua vida:
Iniciar uma terapia
Fazer um curso
Terminar um relacionamento
Começar a se exercitar
Sair para conhecer pessoas novas
Essa atitude repetida pode se tornar um ciclo de autossabotagem, com consequências reais: estresse, culpa, desorganização e, sobretudo, perda de espontaneidade. A vida vai se tornando mais pesada, mais difícil, menos leve.
O papel do medo na autossabotagem
Muitos dos nossos adiamentos têm origem no medo:
Medo de fracassar
Medo de dar certo
Medo de mudar
Medo de se decepcionar
Quantas vezes você já pensou:
"Está ruim, mas pode piorar, então melhor deixar como está..."
"E se eu melhorar e depois perder tudo?"
"E se eu não der conta de ser feliz?"
Esses pensamentos nos mantêm paralisados e nos impedem de viver experiências que poderiam nos trazer crescimento, prazer e bem-estar.
É possível sair desse ciclo?
Sim. A procrastinação não acontece por acaso. Muitas vezes, ela surge como resposta a sentimentos de sobrecarga, luto, frustração ou baixa autoestima. Pode haver aí uma crença inconsciente de que você não merece uma vida boa — e por isso adia suas conquistas, seus sonhos, suas possibilidades.
Mas é possível mudar. E isso começa com um passo essencial: a consciência.Perceber quando você está adiando algo, nomear o que sente e, com gentileza, tentar novas escolhas.
A importância da psicoterapia
Você não precisa fazer isso sozinha. Eu mesma já vivi esse ciclo da autossabotagem — e precisei, em muitos momentos, contar com a escuta honesta de colegas e da minha própria terapeuta. A psicoterapia é um espaço seguro para olhar para esses padrões com mais clareza, acolher suas dores e construir caminhos possíveis.
Se você se percebe presa nesse ciclo, considere buscar ajuda. Você merece viver uma vida mais leve, espontânea e alinhada com quem você realmente é.
✨ Se você se identificou com esse ciclo de procrastinação e autossabotagem, saiba que você não está sozinha. A psicoterapia pode te ajudar a compreender esses padrões com mais clareza e construir um caminho mais leve, consciente e verdadeiro.Vamos juntas? Estou aqui para te acompanhar nesse processo. 💛
Entre em contato para agendarmos sua primeira sessão.
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