Aprendizado
- Natalia Nascimento
- 13 de jun. de 2023
- 1 min de leitura
Ao trabalhar com crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) aprendi e desaprendi algumas coisas, uma delas é algo simples como o Olhar.
Atualmente estamos com tanta pressa o tempo todo que não vemos o outro e não somos vistos, perceber isso me faz pensar que não está tudo bem.
Ao conviver com o TEA estamos sempre atentos e comemoramos cada olhar que recebemos, um segundo é incrível! Estamos sempre olhando o outro, atente a cada detalhe, pois esse faz diferença. Esse comportamento se generaliza em nossa vida e prestamos mais atenção naqueles que nos cercam típicos ou atípicos, seja no olhar ou no comemora e reforçar o outro.
Ser olhado é ser reconhecido e olhar é reconhecer o outro.
Com o TEA aprendi a respeitar as diferenças, mas principalmente aprendi a respeitar o tempo do outro. O impacto de um olhar é tanto que que ele reforça e encoraja, ao mesmo tempo que tem o poder de se nós silenciarmos e e desviarmos o olhar ele pune e desencoraja, se o comportamento é algo que você acredita que precisa ser mudado este é um jeito de lidar com essas e muitas outras situações em nossa vida.
Meu maior aprendizado? Comemorar cada conquista! Independente do que é! Na minha lista de momentos mais felizes da vida, tem ali um prato de sopa vazio.
Me pego comemorando festivamente cada coisinha. As crianças comemoram juntas comigo, já os adultos exitam, ao crescer perdemos isso, mas ao comemorar vem um pequeno sorriso quando o adulto entende que merece aquilo e esse sorriso cresce conforme aprendemos que precisamos reconhecer e olhar todas as conquistas, independente do tamanho delas.
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